sábado, 1 de setembro de 2012

Tipos de Copos para Cerveja

Tal como existem milhares de marcas e centenas de estilos de cerveja, também existem várias dezenas, senão mesmo centenas de copos. De facto, consoante o tipo de cerveja que estamos a beber, deveremos escolher um copo adequado. Por vezes, tal tarefa torna-se fácil, já que as melhores cervejas costumam indicar no rótulo qual o copo que deverá ser utilizado. Independentemente dessa referência ser feita ou não, tentaremos fazer aqui uma breve análise dos diferentes copos existentes no mercado e para que estilo de cerveja são mais indicados. Há pessoas que consideram esta corrente como mais um golpe de marketing de certas empresas para vender mais produtos. Pensamos que tal não reflecte a realidade. Apesar das razões comerciais que estão subjacentes a qualquer negócio, há realmente uma adequação do estilo de uma cerveja a um certo formato de copo. Por exemplo, é natural que as lagers sejam servidas em copos altos, por forma a que o gás e a espuma tenham possibilidade de crescer e mostrar todo o seu carácter. E a formação de espuma não é algo de somenos importância. Esta protege a cerveja da libertação de certos elementos essenciais que, não fora a sua existência, se perderiam no ar. Por outro lado, evita a entrada de ar na cerveja, algo que provocaria a oxidação desta e correspondente perda de qualidades.
Tendo isto em consideração, que estilo de copo utilizar? Bom, a resposta não é imediata e, em países como a Bélgica, tal torna-se verdadeiramente difícil. De facto, é habitual cada marca de cerveja ter o copo correspondente, o que faz com que existam centenas de copos  de centenas de marcas. Como se torna humanamente impossível possuirmos todos os copos, apresentaremos apenas alguns formatos genéricos que servirão para a maior parte das cervejas que se lhe possam deparar (clique na imagem para ver o copo em tamanho maior).

Caneca/Mug/Stein - Pesada, resistente, larga e com uma pega, as canecas são mundialmente conhecidas e utilizadas. Mais ou menos engraçadas, vêm numa multiplicidade de formas e feitios e são excelentes para fazer brindes! Podem ser de vidro, cerâmica ou metal, por vezes têm uma tampa e o seu sucesso deve-se à quantidade de bebida que podem conter. Ideais para cervejas do tipo American Amber Ale, Roggenbier, Sahti, Irish Red Ale, Scottish Ale, Bock, Doppelbock, German Classic Pilsner, Bohemian Pilsner.

Copo para Witbier/Weizen - Nada sabe melhor do que beber uma Witbier no respectivo copo! Feitos de vidro fino, extremamente elegantes e compridos, estas autênticas obras de arte permitem admirar as cores da cerveja e o topo possibilita uma correcta expansão e desenvolvimento da cremosa espuma. Em geral, suportam até 0,5 litros de cerveja. Poderá utilizá-los com cervejas do tipo Dunkel Weizen, Gose, Weizenbock ou Hefe Weizen.

Copo em cilindro/Stange - Bastante comuns, estes copos em cilindro são de origem germânica e utlizam-se com cervejas delicadas, já que possibilitam a ampliação dos aromas e sabores do malte e do lúpulo. Em Portugal, é habitual servirem-se imperiais neste tipo de copos, apesar destes não serem os mais correctos. O cilindro é adequado aos géneros: Rauchbier, Altbier, Kolsch, Lambic-Faro, Lambic-Unblended.

Snifter - Um pouco maiores mas mesmo assim similares aos nossos cálices de brandy ou conhaque, estes copos têm um formato que os tornam excelentes para capturar os aromas de cervejas fortes, já que ajudam na sua preservação. Utilizam-se com Eisbocks, Barley Wine, Old Ale e Russian Imperial Stout.

Flauta/Flute - Estamos mais habituados a utilizar os copos em formato de flauta para beber champanhe ou espumante. No entanto, há cervejas que se dão muito bem com o formato destes copos. A sua elegância e o facto de serem esguios, assegura que o gás não se dissipa com muita rapidez, permitindo igualmente observar a cor e o corpo da cerveja com grande nitidez. Utilizam-se com os géneros Vienna, Schwarzbier, Lambic-Fruit, lambic-Gueuze

Pint/Becker/Tumbler - Quase cilíndrico mas bem mais largo do que o stange, o pint é bastante utilizado na Inglaterra e na Alemanha, por permitir beber vários tipos de cerveja, em grandes quantidades e por ter um desenho universal, barato e que possibilita um fácil armazenamento. É indicado para cervejas do tipo Smoked, Marzen/Oktoberfest, Steam Beer, Malt Liquor, Winter Warmer, Bitter e Pumpkin Ale, entre outras.

Pilsner - O copo de pilsner é o habitual copo das nossas imperiais. Entre as formas de um cilindro e de um cone, a sua estrutura permite manter a cerveja viva, para além de possibilitar a formação de uma boa espuma. Em Portugal, estes copos têm pouco mais de 0,2 litros mas em certos países da Europa podem chegar até aos 0,4 litros, como por exemplo na Alemanha e República Checa. São bons para os estilos American Macro Lager, Happoshu, German Classic Pilsner, European Strong Lager e Witbier.

Cálice/Goblet - São, em geral, autênticas obras de arte, muitos deles com dourado no rebordo, as letras da marca gravadas no vidro, chegando ao ponto de alguns terem relevo. São especialmente desenhadas para permitirem a manutenção da espuma  e a possibilidade de se darem tragos avantajados. São perfeitos para as Abbey Dubbel, Abbey Triple, Belgian Strong Ale e Flemish Sour Ale

Tulipa/Tulip - Também já algo habituais no nosso país, os copos em formato de tulipa são muito elegantes e permitem suportar cervejas que produzam grandes quantidades de espuma. Bastante típicos da Bélgica, são ideais para os estilos Scotch Ale, Saison, Bière de Garde e Belgian Strong Ale.

As indicações que aqui damos não são algo de doutrinal e que se devam seguir cegamente. Há cervejas que se podem beber em dois ou três tipos de copos diferentes. Vejamos o caso de uma pilsner: tanto a poderemos beber numa caneca, como num copo de pilsner ou num copo cilíndrico. E, verdade seja dita, não se vai deixar de beber uma boa cerveja por não se ter o respectivo copo à mão. A ideia que gostaríamos de realçar é a de que existem copos específicos para os diferentes estilos de cerveja e se conseguirmos adequar um ao outro tanto melhor, já que a experiência ficará mais completa e enriquecedora.
Para além do tipo de copo, há outros aspectos que também se devem ter em consideração. Por exemplo, se lhe quiserem servir uma cerveja num copo gelado, recuse. O contacto entre a cerveja e o copo gelado irá provocar um processo de condensação, o que irá diluir a bebida enquanto que, ao mesmo tempo, se alterará a temperatura correcta a que a cerveja deve ser servida. Procure ainda lavar os seus copos à mão. Algumas máquinas de lavar louça deixam resíduo o que pode alterar o sabor e a espuma da cerveja. Tal ideia aplica-se também à secagem: é preferível deixar os copos secarem ao ar, pois os panos podem deixar partículas inconvenientes para a cerveja.
Finalmente, e caso tenha ficado curioso, aqui lhe deixamos alguns sites onde poderá adquirir, ou apenas admirar, copos e outros artefactos dedicados à nobre arte de beber cerveja.
Meu cantinho... onde faço a dificil tarefa de degustar belas cervejas...

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Malt Store

Conheci esta loja hoje em Porto Alegre, no Bairro Bela Vista, ao lado da Parilla del Sur.

Um bom estoque de cervejas e acessórios. Dá para se degustar cervejas no local.

Vale a pena:

http://maltstore.com.br/

Foto da capa

História da Cerveja - Antiguidade

Não é tarefa fácil determinar em que período terá sido produzida a primeira cerveja. Acredita-se que essa tarefa seja talvez tão antiga como a própria agricultura. De facto, sabe-se que o Homem conhece o processo de fermentação há mais de 10.000 anos e obtinha nessa época, mesmo em pequenas quantidades, as primeiras bebidas alcoólicas. Especula-se que a cerveja, assim como o vinho, tenha sido descoberta acidentalmente, provavelmente fruto da fermentação não induzida de algum cereal. Afirma-se que a descoberta da cerveja se deu pouco tempo depois do surgimento do pão. Os sumérios e outros povos teriam percebido que a massa do pão, quando molhada, fermentava, ficando ainda melhor. Assim teria aparecido uma espécie primitiva de cerveja, como "pão líquido". Várias vezes repetido e até melhorado, este processo deu origem a um género de cerveja que os sumérios consideravam uma “bebida divina”, a qual era, por vezes, oferecida aos seus deuses.
Diversos estudos arqueológicos realizados na região do Nilo Azul, actual Sudão, comprovaram que, cerca de 7000 a.C., os povos locais produziam uma bebida a partir de sorgo que seria semelhante à nossa cerveja. Análises químicas efectuadas aos depósitos residuais do fundo de um pote recolhido num campo arqueológico neolítico iraniano, datado de 5500 a.C., confirmaram a existência local de bebidas alcoólicas e especificamente de cerveja. Mas a prova arqueológica mais concreta que temos relativamente à produção de cerveja é proveniente da Mesopotâmia, mais propriamente da Suméria. Tratam-se de inscrições feitas numa pedra, relativas a um cereal que se utilizava em algo similar à produção de cerveja. Também desta civilização foi encontrada uma placa de barro (selo), recolhida em Tepe Gawra e datada de cerca de 4000 a.C., onde se vêm duas figuras que bebem possivelmente cerveja de um pote, utilizando para isso longas palhas, tradicionalmente usadas para aspirar a bebida e evitar a ingestão dos resíduos de cereal. Aliás, o Hino a Ninkasi (c. de 1900-1800 a.C.), a deusa da cerveja dos Sumérios é, na realidade, uma receita de cerveja. Refira-se, por curiosidade, que Ninkasi significa algo como "senhora que enche a boca". A nomeação mais corrente da cerveja suméria é sikaru, feita a partir da fermentação de grãos de cereal.
Em geral, a cerveja era feita por padeiros devido à natureza das matéria-primas utilizadas: grãos de cereais e leveduras. Ou melhor, para sermos mais correctos, essa actividade era executada por padeiras. De facto, a produção de cerveja era uma actividade caseira, a cargo das mulheres, que também estavam encarregadas de fazer o pão. Os textos sumérios revelam-nos também a existência de tabernas, geridas por mulheres, locais de divertimento sobretudo masculino, em que se comia e bebia em convívio.  A mais célebre das taberneiras foi Siduri, referida na Epopeia de Gilgamesh. Para produzirem a cerveja, deixavam a cevada de molho até germinar e, então, era moída grosseiramente e moldada em bolos aos quais se adicionava a levedura. Os bolos, após parcialmente assados e desfeitos, eram colocados em jarras com água e deixados a fermentar. Esta cerveja rústica ainda é fabricada no Egipto com o nome de Bouza. O lúpulo, assim como outras ervas aromáticas, tais como zimbro, hortelã e  losna, podiam ser adicionados à cerveja para corrigir as diferenças observadas no sabor.
Já no segundo milénio antes de Cristo e enquanto se assistia à queda do império sumério, surgia uma nova civilização na Mesopotâmia, descendente da civilização suméria mas mais avançada cultural e tecnologicamente, e que em muito contribuiu para o avanço no processo de fabricação de cerveja: os Babilónios. Documentos dessa altura indicam-nos que a produção de cerveja era uma profissão altamente respeitada, levada a cabo essencialmente por mulheres. A cerveja continuava a ser mais popular do que o vinho, também já conhecido por aquelas paragens, embora a vinha se reservasse, pelas condições naturais, às regiões montanhosas do Sul da Anatólia e do Cáucaso.
No período babilónico, contavam-se cerca de duas dezenas de  diferentes tipos de cerveja, com base em diferentes combinações de plantas aromáticas  e no maior ou menor emprego de mel, cevada ou trigo. O Código de Hammurabi, o sexto rei da Babilónia, introduziu várias regras relacionadas com a cerveja no seu grande código de leis. Entre essas leis encontrava-se uma que estabelecia uma ração diária de cerveja, ração essa que dependia do estatuto social de cada indivíduo. Por exemplo, um trabalhador normal receberia 2 litros por dia, um funcionário público 3 litros, enquanto que os administradores e sacerdotes receberiam 5 litros por dia. Outra lei tinha como objectivo proteger os consumidores da cerveja de má qualidade. Ficou assim definido que o castigo a aplicar por se servir má cerveja seria a morte por afogamento! Pelo Código, certas sacerdotisas estavam proibidas de entrar nas tabernas por razões de pureza ritual; por outro lado, estes estabelecimentos preenchiam uma função social para além do fornecimento de comida e bebida (não apenas cerveja mas também álcool de tâmaras fermentadas), pois eram, como já se referiu, locais de reunião e lazer.
Quase todas as cervejas dos babilónios seriam opacas e produzidas sem filtragem. Tal facto, como já vimos,  fazia com que bebessem a cerveja através de um predecessor da actual palhinha (no caso dos reis essa palhinha seria de ouro…), o que evitava que ingerissem o resíduo que se acumulava no fundo e que seria bastante amargo. No entanto, essa situação não impedia que a cerveja aí produzida fosse bastante conceituada, chegando os babilónios a exportar grandes quantidades para o Egipto.
Tal como os Babilónios, os Egípcios produziam cerveja desde tempos ancestrais, sendo que esta fazia parte da dieta diária de nobres e fellahs (camponeses). Para além de bem alimentar, servia também como remédio para certas doenças. Um documento médico, datado de 1600 a.C. e descoberto nas escavações de um túmulo, descreve cerca de 700 prescrições médicas, das quais 100 contêm a palavra cerveja. A sua importância é também visível nos aspectos religiosos da cultura egípcia. Nos túmulos dos seus antepassados, para além dos artefactos habituais como incenso, jóias e comida, era também habitual encontrar provisões de cerveja. E em casos de calamidade ou desastre natural, era frequente a oferta de grandes quantidades de cerveja aos sacerdotes de forma a apaziguar a ira dos deuses.
A extrema relevância da cerveja para os egípcios reflectia-se não só na existência de um alto funcionário encarregado de controlar e manter a qualidade da cerveja produzida, como também na criação de hieróglifos extra que descrevessem produtos e actividades relacionadas com a cerveja. Curiosamente, existem alguns povos que vivem ao longo do Nilo que ainda hoje fabricam cerveja num estilo muito próximo ao da era faraónica. O povo egípcio tinha uma forte apetência pelo henket ou zythum, verdadeia bebida nacional, preferida por todas as camadas sociais. Ramsés III (1184-1153 a.C.), muitas vezes designado por "faraó-cervejeiro", doou aos sacerdotes do Templo de Amón 466.308 ânforas (cerca de 1.000.000 litros) de cerveja proveniente das suas cervejarias.
Deve-se ao médico Zózimo de Panópolis uma descrição da antiga técnica de brassagem (semelhante para a Mesopotâmia e Antigo Egipto): germinação e maltagem rudimentar do cereal que, depois de seco, era moído e transformado numa massa, por sua vez endurecida; moldava-se então a massa em pequenos pães, que eram aquecidos em seguida mas não em demasia para que restasse alguma humidade no seu interior; depois de arrefecidos, colocavam-se, em pedaços, num recipiente com água açucarada; juntava-se, como no pão, um pedaço da massa (fermento) do fabrico anterior; terminada a fermentação, o líquido era metido numa cuba com água e posteriormente filtrado; o líquido final era guardado em ânforas num lugar fresco.
Longe desta área geográfica, a China desde cedo desenvolveu técnicas de preparação de bebidas do tipo da cerveja, obtidas a partir de grãos de cereais. A "Samshu", fabricada a partir dos grãos de arroz e a "Kin" já eram produzidas cerca de 2300 a.C. As técnicas utilizadas eram algo diferentes das dos povos mesopotâmicos e egípcios. De facto, o desenvolvimento da cerveja até à forma pela qual hoje a conhecemos, deve-se mais a estes dois últimos do que à civilização chinesa. Foram mesmo os egípcios que ensinaram os gregos a produzir cerveja. Já no Japão, subsiste o milenar saké, uma cerveja de arroz, frequentemente confundida no Ocidente com uma bebida destilada. Bebe-se quente ou fria, de acordo com o gosto e o contexto.
Apesar de ser considerada menos importante que o vinho, a cerveja evoluiu durante o período grego e romano. Atente-se nos escritos de Sófocles (450 a.C.) relativamente a recomendações sobre o consumo de cerveja, incluindo esta numa dieta que considerava equilibrada. Outros autores gregos como Heródoto e Xenofontes também mencionaram o acto de beber cerveja nos seus escritos.
Assim como o tinham aprendido com os egípcios, os gregos ensinaram a arte de produzir cerveja aos romanos. Todavia, em 500 a.C. e no período subsequente, gregos e romanos deram preferência ao vinho, a bebida dos deuses, tutelada por Baco. A cerveja passou então a ser a bebida das classes menos favorecidas, muito apreciada em regiões sob domínio romano, principalmente pelos germanos e gauleses. Muitos romanos consideravam a bebida desprezível e típica de povos bárbaros. Tácito, na sua descrição dos germanos, referiu-se a uma bebida "horrível", fermentada de cevada ou trigo. Foi nessa época que as palavras cervisia ou cerevisia passaram a ser utilizadas pelos romanos, em homenagem a Ceres, deusa da agricultura e da fertilidade. Plínio foi um dos autores clássicos que escreveu sobre o assunto, descrevendo a evolução do processo de fabrico da cerveja e os hábitos dos povos celtas e germânicos da Bretanha e Europa Central.
Na Gália (conquistada totalmente no ano 52 a.C.), tradicionalmente consumidora de cerveja, a influência do vinho romano atingiu sobretudo as elites. De acordo com Possidónio, "a bebida consumida nas casas ricas é vinho trazido de Itália (...). Porém, entre os habitantes mais necessitados, é bebida uma cerveja feita de trigo, à qual é acrescentado mel; a massa do povo bebe-a sem mistura. Chamam-lhe corma." Contudo, os gauleses passaram de importadores a produtores de vinhos de novas qualidades e muito apreciados em Roma; em 91 d. C., o imperador Domiciano chegou a ordenar a destruição de metade das vinhas gaulesas para proteger a produção romana.
O vinho das legiões romanas não se impôs aos povos que ficaram fora do Império. A cerveja permaneceu a bebida eleita nas regiões nórdicas facto confirmado pelas lendas e mitologias locais. Na saga poética finlandesa Kalevala, contam-se 400 versos dedicados à cerveja; no Edda, outro relato épico nórdico, o vinho é apresentado como a bebida dos deuses, a cerveja reservada aos mortais e o hidromel próprio dos habitantes do reino dos mortos. Já no leste europeu, confinante com as estepes asiáticas, de terras ácidas, providas de centeio e aveia, o kvass, tipo de cerveja ligeiramente alcoólica, obtida pela fermentação daqueles cereais, ancorou-se nos hábitos dos camponeses eslavos. A tradição do kvass familiar e campesino mantém-se ainda hoje um pouco por toda a Rússia e países ex-soviéticos. A braga é outro tipo de cerveja aparentada ao kvass e com muitas tradições no leste europeu.
Rótulo de Kvass, a típica bebida russa
Findo o Império Romano, após o século V, estavam estabelecidas as geografias da cerveja e da vinha. A produção de cerveja, doméstica e frequentemente a cargo de mulheres - embora fosse, sobretudo, para consumo masculino -, obedecia aos condicionantes naturais que marcavam a economia agrícola e daí o seu carácter sazonal. Durante muito tempo, a cerveja seria, ainda, de difícil conservação, ao contrário do vinho que, se guardado em boas condições, podia até melhorar com a idade. O vinho, que se tornara a bebida consagrada na liturgia católica, afirmara-se sobretudo nas regiões do sul da Europa e entrava selectivamente nas mesas mais abastadas do norte europeu, onde a cerveja permanecia a bebida dos pobres, se bem que não deixasse de ser apreciada por todas as classes.

Flensburger Dunkel

Cervejaria: Flensburger Brauerei
 
Estilo: Munich Dunkel
 
Álcool (%): 4.8% ABV
 
Nota: 9
 
Dificial avaliar uma Dunkel, quando você se delicia com este estilo. Mas, vamos lá: Gosto amargo do início ao fim, com forte aroma de caramelo e café, característicos do estilo.

Cerveja Mastra Roja (Red)

Cervejaria: Cervecería Artesanal del Uruguay
Estilo: Strong Scotch Ale
  

Álcool (%): 6.2% ABV
Nota: 6
De cor forte e aroma de capuccino. Gosto de biscoito e caramelo no início e com alcool quase imperceptível. Uma cerveja interessante nada mais.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Frango com Manga e Cerveja Preta

Ingredientes:

· 600 g de peito de frango sem osso
· Sal e pimenta-do-reino a gosto
· 1/2 xícara (chá) de margarina
· 1 colher (chá) de alecrim picado
· 3 tomates sem pele e sem sementes picados
· 1 cebola ralada
· 1/2 xícara (chá) de cerveja preta
· 1 manga sem casca picada
· 1/2 xícara (chá) de requeijão cremoso
· 1 xícara (chá) de escarola picada

Modo de preparo:

Tempere os filés com sal e pimenta e doure-os na margarina. Junte o alecrim picado, os tomates e a cebola, e cozinhe por cinco minutos. Acrescente a cerveja preta e deixe reduzir. Ponha a manga e cozinhe por mais cinco minutos. Incorpore o requeijão e mexa sem parar. Retire do fogo e ponha a escarola. Mexa rapidamente, tampe a panela por um minuto e sirva em seguida.

Dica:
Para dar um toque de sabor, a escarola deve estar bem verde e crocante